150 anos de presença em Cormòns

No dia 23 de janeiro de 2016 celebramos os 150 anos da chegada das primeiras Irmãs da Providência em Cormons, acompanhadas pelo próprio Fundador. É uma ocasião para render graças a Deus pelos inumeráveis dons recebidos em tão longo tempo e para louvá-lo pelo bem realizado por centenas e centenas de irmãs que viveram parte de suas vidas nesta casa.

Para uma breve memória deste evento (acontecimento) nos servimos do volume “Padre Luigi Scrosoppi" escrito por Mons. Biasutti. Dele citamos alguns trechos.

Padre Luigi arriva a Cormons
Foi cedida gratuitamente para a nossa pequena Congregação a Igreja de Santa Catarina, com a obrigação de mantê-la sempre aberta ao exercício do culto divino e Padre Luís tinha comprado também o ex convento das Irmãs da Doutrina Cristã para abrir uma escola popular, com quatro ou cinco professoras, “que se dedicariam à instrução e educação das crianças pobres da cidade de Cormons e arredores”. A superiora geral Madre Teresa Fabris, havia dirigido ao arcebispo de Gorizia, um pedido formal para abrir a casa, dizendo entre outras coisas com suave humildade: “A educação que nossas irmãs oferecem não é elevada e para as classes altas da sociedade, porque o objetivo principal é a educação e instrução da classe pobre e da classe média e, portanto limitada a formar boas cristãs e boas donas de casa”.

“O fundador, em janeiro de 1866 foi a Cormons para supervisionar em pessoa os últimos acabamentos. Ele era muito cuidadoso não só no predispor tudo o que era necessário para que a vida da comunidade pudesse desenvolver-se na máxima ordem, em conformidade com as regras, mas no tratar os mínimos particulares para que a cerimônia de ingresso fosse perfeita. Porém, mais uma vez deu um grande exemplo do seu amor ao escondimento e humildade. Partiu de Cormons na véspera, feliz de retornar ao seu silencioso trabalho e à sua recolhida oração”.

O jornal de Veneza, “La libertà cattolica” se refere à data exata desse feliz acontecimento celebrado no dia 23 de janeiro de 1866 e nos deixou uma detalhada crônica que Mons. Biasutti relata no seu livro à página 299.

Esta casa teve uma importância única na vida da Congregação. Dela partiram nossas primeiras missionárias, e nada de importante foi realizado em nossa Família religiosa, sem antes invocar a bênção da nossa Mãe Maria Santíssima, Rosa Mística e Mãe da Providência. Sempre foi a casa da esperança, da alegria, do amor levado atéà imolação. Ainda hoje, as irmãs da comunidade de Cormons oferecem à Família inteira o dom precioso da oração de intercessão à Maria Rosa Mística, juntamente com a oferta cotidiana de uma vida que está à espera do encontro com o Esposo e que é enriquecida pelo serviço de caridade mútua, expressão concreta e generosa de amor fraterno.

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15 de janeiro: FESTA DE ROSA MÍSTICA


Segundo a história, sabemos que no dia 15 de janeiro de 1737, e depois por vários dias, a estátua de Maria Rosa Mística suou e moveu prodigiosamente os olhos. A notícia do prodígio e das graças obtidas pelas pessoas que se dirigiam a ela em suas necessidades, imediatamente se espalharam, atraindo aos pés da Virgem um fluxo ininterrupto de fiéis provenientes de vários locais da região do Friuli. Isso aconteceu por mais de um século, enquanto a estátua recebia um lugar particular na Igreja de Santa Catarina, denominada depois “Santuário Rosa Mística”, que com o tempo foi restaurado e adornado, até assumir a aparência atual.
As Irmãs da Providência, que em 23 de janeiro de 1866, tinham ido a Cormons, acompanhadas pelo fundador São Luís Scrosoppi, afirmam nas crônicas que em 15 de janeiro de 1890 foi celebrada a primeira festa de Rosa Mística, acompanhada de um tríduo de orações, de pregações e de administração do sacramento da confissão. Diz a crônica: “Todas nós estávamos contentes em ver uma bela festa e as grandes demonstrações de afeto que os bons cidadãos de Cormòns, de todas as condições manifestam à Rosa Mística”.
A mesma crônica em 1892 sublinha a festa de Rosa Mística como uma ocasião valiosa para estimular nos fiéis a devoção a Maria e uma renovação espiritual, também através do tríduo de pregação e da disponibilidade para as confissões. A mesma crônica afirma: “Também este ano, os cormoneses se distinguiram pela piedade e devoção e foram também generosos com as velas, porque o altar da prodigiosa efígie parecia estar vestido de sol, tantas eram as luzes que o embelezavam”.

Em 1898, afirma-se que o povo era numeroso, tanto que as Irmãs se empenharam na busca de sacerdotes para as confissões, de modo que “na nossa Igreja haviam seis confessores e sete em Duomo”. No ano anterior, como fruto imediato do tríduo no qual o pregador recomendou calorosamente a participação aos Sacramentos, sobretudo aos homens e aos jovens, os sacerdotes “tiveram que confessar jovens até a meia-noite do sábado e, se houvesse tantos confessores, todos gostariam de fazê-lo”.

Com o tempo, o tríduo foi ampliado para seis dias e depois oito como é atualmente, tornando-se assim o "Octavario de Rosa Mística”. Ainda hoje, este período é esperado e muito frequentado pelos fiéis das paróquias do Decanato di Cormòns e por outras vizinhas, no qual cada um se organiza para os momentos de oração, para as confissões e para as Celebrações Eucarísticas. Também a nossa Comunidade, reunida aos pés de Maria Rosa Mística durante todo o Octavario, reserva o tempo de oração no qual confia à Santíssima Virgem as necessidades da Família religiosa, da Igreja, dos benfeitores, das pessoas que se recomendam as nossas orações e do mundo inteiro.

Com as palavras de um canto composto em honra a Rosa Mística pelo compositor friulano Narciso Miniussi, todas nós voltamos-nos a Maria:
No grande jardim criado por Deus
a flor mais bela, Maria, és tu.
Sois Mística Rosa, que se espalha pelo mundo
Suave perfume de excelente virtude.
O Mística Rosa, clemente intercede por nós, pecadores, junto ao Senhor.
Escuta piedosa as súplicas, ó Mãe,
dos filhos que, aflitos se voltam a ti.

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