Super User

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Os pensamentos

AMOR DE DEUS

O Coração de Jesus diz continuamente: amai-me e fazei-me amar!  

Deus vos tem em mente e no coração todos os dias, da manhã à noite.

Uma alma amante de Jesus Cristo não se deixa abater e nem vencer por nenhuma dificuldade, porque sempre o amor é forte como a morte, luta com ele mas não se deixa vencer.

Somos criados para transformarmo-nos em Deus. 
Somos criados para amar a Deus.    
Somos criados para possuir Deus.
Dediquemo-nos a amar a Deus, porque amando-o o possuiremos.

Se o nosso objetivo é conhecer a Deus, como não deve ser também aquele de amá-lo? Porque não é possível conhecer a beleza e não amá-la.

Deus nos ama. Deus está disposto a nos amar para sempre, apesar de sermos indignos de seu amor.

O vosso coração não é vosso? Deus lhe pergunta.

O amor atrai a si todas as virtudes, e não faz sentir o peso das dificuldades da vida.

O nascer do sol nos encontre em atos de amor a Deus e, ao pôr do sol estreitamente unidos a Ele.

Para reparar as nossas faltas de amor a Deus, aumentamos os atos de amor para com ele.

Deus não esperou o nosso amor, mas antecipou-o.

Queremos assegurar-nos do amor de Jesus? levantemos os olhos e olhemo-lo pendurado na cruz.

Vejamos de inflamarmo-nos no amor do Senhor, tendo sempre diante de nossos olhos o crucificado.

Uma alma que ama Deus não deseja senão, sacrificar-se por Ele, e cada reprovação para ela é benvinda. 


AMOR AO PRÓXIMO

Caridade, caridade com todos: não se esqueça de que vocês são irmãs para praticar a caridade.

A caridade é a rainha sentada no trono da humildade e, todas as outras virtudes estão ao seu lado, como tantos anjos.

Minhas filhas, façamos o bem, ele deve prevalecer sempre sobre o mal. Assim Jesus Cristo nos ensinou, se queremos imitá-lo.

Minhas filhas, os vossos olhos, vossos corações sejam simples retos e sempre nutridos de mel.

O primeiro dos vossos deveres seja o de amar com ternura os doentes, reconhecendo neles a pessoa dolorosa de nosso Salvador Jesus Cristo.

A vossa caridade seja uma bonita cópia da caridade, que exerce o nosso Pai Celeste.

Não quereis ser como líderes influentes que indicam aos outros o caminho, mas eles mesmos não estão firmes. Esforçai-vos todos os dias para dar passos no caminho da vivência das virtudes.

Faça tudo e só para o Senhor, servindo-o cuidadosamente e humildemente nestes pobres doentes.

Sinta o prazer em servir o teu divino esposo na pessoa destes doentes, e terás o paraíso antecipado.

Querida filha, olha para estas meninas como se te fossem entregues pelo teu divino esposo e, as tenhais como a pupila dos teus olhos.

Deixemos as nossas comodidades e sacrifiquemo-nos com boa vontade para corresponder a nossa santa vocação, que é só a glória do Senhor e a santificação das almas.

Vos deixo nos Sagrados Corações de Jesus, Maria e José nos quais muitas vezes, queremos encontrar-nos.


CONFIANÇA NA PROVIDÊNCIA

Abandonai-vos à Providência com muita fé.

Morrer sim, mas ofender o Senhor com a desconfiança, não, não, não!

Confiança em Deus e abandono completo nele que é o nosso Pai.

O Senhor ajuda e não abandona nunca quem nele confia.

Tenha sempre diante dos olhos o teu divino esposo.

Deixo-te estreitamente nos sagrados corações dos nossos amores.

O Senhor continue a abençoar-te e te dê a graça da santa perseverança.

Esteja alegre no Senhor, e não tenhas medo de nada.

O Senhor tudo pode, quando quer alguma coisa, ele nos dá os meios para alcançá-la.

Estejamos sempre unidos ao nosso bom Deus, e assim nos sentiremos contentes em todos os lugares e em qualquer ocupação.

Acolhe tudo das mãos do Senhor, porque Ele tudo dispõe para o melhor.

O Senhor a abençoe, você confia nele que é a caridade personificada.

Confiemos no Senhor e, nesta confiança   imitemos o nosso pai São Caetano e o honraremos com amor.

Nas suas muitas e grandes preocupações pensa que não estás sozinha, mas com o seu divino esposo.


SANTIDADE

Que em nós tudo seja santo, desde a manhã até a noite.

O Senhor te quer muito bem, o Senhor te quer toda para ele, e te quer santa.

Deixo-a em companhia com o seu Jesus.

Temos a cada dia, somente uma tarefa a realizar; a nossa santificação.

Acolhe as coisas como vindas do Senhor, para a nossa santificação.

As virtudes não podem ser praticadas sem que ocorram ocasiões concretas para serem exercitadas.

Recomendo-vos de estar sempre na presença do Senhor, e de praticar durante o dia frequentes atos de amor para com Ele.

Filhas minhas sejam pequenas porque assim sendo, Jesus se aproxima com mais afeto. Jesus vos consola. Pequeninas, pequeninas filhas minhas!

Buscai o último lugar filhas, e em seguida encontrareis Jesus. Só Ele seja a testemunha dos vossos sacrifícios.

As cruzes produzem frutos maravilhosos, e é honra ser crucificados com Jesus e por Jesus.

O Senhor a abençoe e lhe dê a felicidade que também na terra a faz desfrutar de um paraíso antecipado.

Seu trato com todos seja humilde, doce e respeitoso.

A humildade é o fundamento da perfeição cristã.


VONTADE DE DEUS

Pensamento a Deus, o coração a Deus, a mão para Deus!

Paraíso, paraíso... só lá encima encontraremos tudo e amaremos para sempre o Senhor.

Veja de caminhar sempre na presença do seu divino Esposo e de fazer tudo o que lhe agrada.

Deixemos que o Senhor faça! abandonemo -nos totalmente Nele.

Rezemos e estejamos resignados com o que o Senhor se dignará a dispor para nós.

Lancemo-nos como instrumentos nas mãos da Divina Providência que se serve de nós para a sua maior glória.

Como um cadáver, lançai-vos totalmente à vontade de Deus e terá a paz de espírito e nada te perturbaras.

Reze para ter luzes para conhecer bem a vontade do Senhor.

Faça-se o Senhor de mim aquilo que queres, não peço nada que não seja: Faça-se a tua vontade.

A prova de amar a Deus é aquela de sofrer por seu amor.

O Senhor tudo permite para o nosso bem, e quer que mesmo do mal saibamos tirar coisas boas para a sua maior glória.


PENSAMENTOS VÁRIOS

Deixo-vos nos sagrados corações de Jesus, Maria e José, dando-lhes a santa bênção.

Tenha sempre os teus olhos voltados a Maria e à sua honra, pratique atos de perfeita uniformidade ao seu divino querer.

Recorre com grande confiança à nossa Mãe Maria, em todas as necessidades.

Nas suas necessidades espirituais tenha sempre por Mestre São José.

Continue a confiar em São Jose, que não deixará de protegê-la em todas as necessidades.

Confia em nossa divina Mãe Maria e em nosso querido pai São José.

Todos os dias te terei presente sobre o Altar.

Olhe para o Sagrado Coração de Jesus que aberto te convida a entrar, onde encontraras luzes e consolações celestes.

Vejo que o Senhor te quer muito bem, oferecendo-lhe muitas ocasiões para serem acumuladas para a vida eterna.

Grande humildade e caridade, grande mansidão em cada encontro e tudo irá bem.

Toda felicidade do bom Deus nos será concedida aproximando-se os feriados de Natal e ano novo.

Próximos as festas pascais, desejamos-vos estar felizes e preenchidos com as consolações do Senhor.

A vinda de Jesus Cristo é um testemunho do profundo amor de Deus por nós.

A vinda do Divino Redentor é uma vinda de amor para conosco, as suas criaturas.

Deixo-a nos Sagrados Corações de Jesus, Maria e José, nos quais frequentemente queremos encontrar-nos



Presenza nel mondo

La Famiglia religiosa delle Suore della Provvidenza partecipa alla missione universale della Chiesa e presta la sua opera nel servizio di evangelizzazione  e promozione umana là dove maggiore è il bisogno. 

Dalla terra d'Italia dove è nata (1837) e cresciuta si è allargata ad altre terre.
Oggi è presente in:

- 1927  Brasile
- 1929  Uruguay
- 1973  Costa d'Avorio
- 1977  India
- 1980  Bolivia
- 1985  Togo
- 1992  Romania
- 1998  Argentina
- 2000  Moldavia
- 2002  Myanmar
- 2005  Sud Africa
- 2005  Benin
- 2011  Thailandia

Morte exemplar de um Santo

A morte do Padre Luís foi exemplar. Ele tinha pedido para tornar se uma cópia de Cristo e a sua última doença foi realmente uma espécie de calvário, feita de sofrimento físico e mental, ele era capaz de lidar com um espírito de completo abandono a Deus. Foi preparado com o "noviciado ao céu”, sob a direção da Irmã Agostina, a quem pediu para censurar defeitos e falhas, bem como impor duras e humilhantes penitências. Para vencer a sua relutância o santo caiu de joelhos, implorando a ela em virtude da santa obediência a agir com ele como mestra do noviciado: "Ajudemo-nos uns aos outros para nos tornarmos santos", encorajou-a.

A doença e a morte o pegaram desprevenido. Também o médico se esforçou para convencê-lo a ficar na cama: ele ainda tinha muitas "tarefas" para dar importância a uma doença como esta explicou. Foi pênfigo, uma forma grave de dermatite purulenta. Ele disse: "Então você gosta do nosso bom Pai que está nos céus, e por isso temos de gostar também." Ou, em momentos de grande sofrimento: "Bonum mihi, Domine, quia umiliasti me" (Obrigado Senhor, porque Você me humilhou).

As madres superioras das comunidades por sua vez, levaram-no ao quarto, a sua cama tornou-se sua última cadeira da santidade. A cada uma não faltava as mais caras saudações. "Até logo.. nos veremos no Paraiso." A noite enquanto dormia apareceram-lhe as Santas; Anna, Marta e as suas três Santas (Maria Madalena, Maria de Cléofas e Maria Salomé): "Eu sempre venerei-as confidenciou a madre Cecilia a geral, vieram esta noite para me avisar". Antes de morrer ele queria cumprimentar a todos, até mesmo o pedreiro, o servente de pedreiro e o jardineiro, todos se abraçaram. Finalmente, uma última profecia para as suas irmãs: "A congregação vai sofrer tribulações, mas em seguida tudo irá bem, devo partir para o bem maior da comunidade.."

No dia 3 de abril de 1884 no final da manhã, o padre Luís uniu-se a companhia dos santos no Paraiso.
Em seu funeral havia uma enorme multidão. Seu corpo por sua indicação, foi trazido para a casa de Orzano. Ele comprou este terreno para plantar verduras e demais alimentos para a Casa da Providência de Udine. Casa de fazenda que ele visitava frequentemente, era considerada um oásis de paz, onde ele finalmente foi descansar.
Em 23 de abril 1952, a urna com seus restos mortais foi transferida para Udine na igreja de São Caetano, a casa da Providência de Udine casa mãe das Irmãs da Providência.

Padre Luís Scrosoppi

Luís Scrosoppi, nascido a 04 de agosto de 1804, em Udine cidade de Friuli no norte da Itália. Ele cresceu em uma família rica de fé e caridade cristã. Aos doze anos, começou a se preparar para o sacerdócio no seminário diocesano Udine e foi ordenado sacerdote em 1827. Ao seu lado estavam os seus dois irmãos, Carlos e João Batista ambos sacerdotes.

O ambiente pobre de Friuli do ano 800, devastado pela fome, guerra e pestes, foram para Luís um convite para cuidar dos fracos. Juntamente com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, se dedicam a acolhida das as meninas abandonadas de Udine e arredores. Para elas, colocam a disposição os seus bens, suas energias e sua afeições. Ele não poupou a si mesmo e, quando a necessidade foi maior tornou-se um pedinte, ele tem confiança na ajuda das pessoas, e sobretudo confia no Senhor. Sua vida é de fato uma demonstração palpável de grande confiança na Divina Providência.

Assim, escreve sobre as obras de caridade em que está envolvido: "A providência de Deus que prepara mentes e corações para ajudar, é a única fonte deste Instituto... amorosa Providência que nunca abandona aqueles que nela confiam". Não deixa passar as oportunidades para infundir esta confiança e serenidade nas meninas acolhidas, nas jovens e senhoras que se dedica ao processo de crescimento das mesmas, numa sólida educação.

Elas são chamadas de "professoras", porque são hábeis em costura e bordado, mas também são capazes de ensinar "leitura, escrita e aritmética", como se acostumava dizer. São mulheres de diferentes origens e idades, e em cada uma delas se colhia amadurecimento a decisão de colocar as suas vidas nas mãos do Senhor, para santificá-lo e servi-lo na família das "abandonadas".

Na noite de 1º de fevereiro de 1837, as nove mulheres como um sinal da decisão final, colocam o seu "ouro" e escolhem viver na pobreza e doação total de si mesmas. É desta simplicidade que nasce a Congregação das Irmãs da Providência, a família religiosa fundada pelo padre Luís. Juntamente com as primeiras mestras se uniram outras pessoas como; os ricos e os pobres, os instruídos e os analfabetos, os nobres e os de origem humilde pois, na casa da Providência há espaço para todos e todos se tornam irmãos.                    
O fundador incentiva- os ao sacrifício e ao cuidado amoroso para com as meninas, queria que fossem consideradas como a “pupila dos olhos” deles.

Neste tempo Luís estava refletindo sobre a necessidade de uma consagração mais total ao Senhor. Ele é fascinado pelo ideal de pobreza e de fraternidade universal de Francisco de Assis, mas os acontecimentos da vida e da história levaram-no nas pegadas de São Filipe Neri, o cantor da alegria e da liberdade, o santo da oração, da humildade e da caridade.

A Vocação "oratória" de Luís em 1846, e a idade madura de 42 anos, tornou-se um filho de São Filipe Neri. Ele aprende a mansidão e a doçura que vai ajudá-lo na tarefa de fundador e pai da Congregação das Irmãs da Providência, profundamente atento e respeitoso ao crescimento humano das irmãs e ao seu caminho de santidade, não poupa ajuda, nem conselhos e nem exortações. Ele examina de perto a sua vocação, testa a fé de modo que elas se tornem fortes. Não concorda com atitudes de vaidade e desejo de se aparecer quando capta graves atitudes de hipocrisia e superficialidade.

Ele sabe usar a ternura na fragilidade, a compreensão o apoio e o conforto. Através de suas atitudes emergem os traços básicos de uma vida espiritual centrada em Jesus Cristo, amado e imitado na humildade e pobreza de sua encarnação em Belém, na simplicidade da vida de trabalho em Nazaré, na imolação completa da cruz do Calvário, no silêncio da Eucaristia. Como Jesus disse: "Tudo o que você fez para um dos meus irmãos mais pequeninos, você fez a mim", é a eles que o padre Luís dedica a vida cotidiana com o compromisso concreto ao Reino de Deus e a sua justiça, na certeza de que tudo o resto será dado por acréscimo, de acordo com a promessa do evangelho. Todas as suas obras iniciadas durante sua vida refletem essa opção preferencial pelos pobres, para os últimos, os abandonados.

“Doze casas ele tinha profetizado de abrir antes de morrer", e assim aconteceu. Doze trabalhos em que as Irmãs da Providência se dedicam a jovens humildes, empreendedores e alegres à mercê de sua própria sorte, os doentes pobres e negligenciados, a idosos abandonados. No entanto, profundamente interessado em fazer o bem, o padre Luís não lida unicamente com suas obras, em que as irmãs trabalham com espírito generoso e dispostas a dar-lhes uma mão. Entusiasticamente oferece apoio espiritual e econômico também a iniciativas empreendidas em Udine por outras pessoas de boa vontade. Ele suporta todas as atividades da Igreja e tem um olhar de amor especial para os jovens seminaristas de Udine, especialmente os mais pobres. No segundo semestre de 1800, na Itália, as regiões se unificam. Esta unificação política e militar representam um período particularmente difícil para Udine e todo o Friuli, fronteira terrestre e local de fácil passagem entre a Europa setentrional e meridional, entre leste e oeste.

Uma das consequências desta unificação, que ocorreu em um clima anticlerical infelizmente, é o decreto de supressão da "Casa das abandonadas" e da Congregação dos Padres do Oratório de Udine. O padre Luís começa a lutar arduamente para salvar os trabalhos em favor da "pátria" mas não pode fazer nada para impedir a supressão da Congregação do Oratório. A triste situação política é portanto, capaz de destruir as estruturas materiais da Congregação do Oratório de Udine, no entanto, ela não pode impedir Padre Luís de manter-se sempre fiel discípulo São Filipe.  

Agora já idoso, com a sua abertura de costume, ele entende que é hora de entregar o leme e transfere para as irmãs com serenidade e esperança. No entanto, ele mantém o relacionamento com as irmãs por meio das cartas que ajuda a fortalecer os laços de afeto e amor e, na sua solicitude paterna, nunca se cansou de recomendar a vivência da fraternidade e da confiança. Através de sua profunda comunhão com Deus e com os longos anos de experiência, Padre Luís adquiriu sabedoria e discernimento espiritual que lhe permite ler nos corações, às vezes também prova conhecer as situações e fatos internos secretos conhecidos apenas pela pessoa em causa. No final de 1883, ele foi forçado a suspender todas as atividades, a sua força começou a declinar se, e é atormentado por uma febre alta constante. A doença progride implacavelmente. Ele recomendou às irmãs para não temer qualquer coisa, "porque é Deus que fez nascer e crescer a família religiosa e será Ele que fará progredir."     
Quando ele sente chegar ao fim, ele quer cumprimentar a todos. Em seguida, ele falou as suas últimas palavras às Irmãs: "Depois de minha morte, a Congregação terá muitos problemas, mas depois irá renascer para uma nova vida de caridade, a caridade é o espírito da vossa família religiosa: “Caridade! Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: Salvar as almas e salvá-las com a caridade".

Na noite de quinta-feira 3 abril, 1884, ele tem o seu encontro final com Jesus. Todas as pessoas de Udine e de países vizinhos vão vê-lo pela uma última vez e pedir sua proteção do céu. Foi canonizado por João Paulo II em 10 junho de 2001.

Na memória do Martirológico Romano é 03 de abril. A Diocese de Udine e a Congregação fundada por ele celebra-o em 5 de outubro.

Santo Friulano depois de 1.200 anos

São Luís Scrosoppi é o primeiro santo de Friuli depois de 1.200 anos. O último foi o santo patriarca Paulinus de Aquileia, que morreu em 802. São Luís é também o primeiro santo da família dos Filipinos, depois de São Felipe Neri. Fundador da Congregação das Irmãs da Providência, Luís Scrosoppi foi um grande protagonista da década de 1800.

Nascido em Udine em 1804, foi o terceiro filho e, o terceiro a ser ordenado sacerdote na família. Carlos o primeiro, nascido do primeiro casamento da mãe Antônia Lazzarini e Francisco Filaferro morreu no exílio em Klagenfurt, depois de entrar no seminário dos Filipinos.

João Batista, nascido do casamento com Domenico Scrosoppi um ourives de Udine, também entra no seminário e é um padre diocesano. Luís segue os passos de seus irmãos e entra para o seminário em Udine. Cumpre com diligência todo o currículo acadêmico, obtendo ótimo resultado no aproveitamento do conteúdo ministrado pelos excelentes professores.

Ele foi ordenado sacerdote na catedral de Udine em 31 março 1827.  
A celebração da sua primeira missa deu-se próximo a Igreja de Santa Maria Madalena, anexa ao oratório dos Filipinos, do seu irmão Carlos.
A sua primeira homilia é sobre a humildade, a segunda sobre a misericórdia de Deus e a terceira, sobre a entrada das almas justas no céu.

O Oratório de São Felipe Neri em Udine

O Oratório de São Felipe encontrava se no coração de Udine, ao lado da igreja de Santa Maria Madalena. Um e outro, no século XIX foram submetidos a desgraças de todo tipo extintos por Napoleão, que chegou a Friuli em 1797 apenas para voltar depois de um breve período no império Austro-Húngaro, foram confiscados um e outro pelos italianos, depois da chegada em Friuli em 1866.   Destes, nenhum vestígio permanece até hoje, em seu lugar foi construído o correio central, e no lugar da igreja foi construído um ginásio a ser usado para escola como também para a prática de esportes. Todos os quadros de santos, imagens e outros objetos pertencentes a igreja foram leiloados.

O Oratório foi um importante local cultural e espiritual para Udine, lá trabalharam sábios sacerdotes que fizeram dele um espaço de encontro e de crescimento espiritual. As várias supressões e confiscos conseguiram extingui-lo. Sem interesse para a sua recuperação nem a determinação de padre Carlos, até mesmo sem a teimosia do padre Luís que aos 42 anos, seguindo o exemplo de seu irmão mais velho, também se tornou Filipino.

Após a morte de padre Carlos, São Luís fez o impossível para restaurar a vida no Oratório, vendeu todos os bens da família para ter sucesso, mas o governo italiano expulsou e confiscou tudo, forçando-o a pedir hospedagem para as Irmãs.   O Oratório foi uma das poucas iniciativas que São Luís não conseguiu terminar.

Fome, doenças e guerra no Friuli

Em Friuli, a fome, a doença e a guerra foram determinantes nos anos 1813-1817: as piores previsões para as colheitas, até mesmo o "Red Sorghum", a febre aftosa, a fome nas montanhas, as chuvas contínuas em 1816, troca de guarda entre os austríacos e franceses. A varíola e o tifo em 1817 em Udine, deixou dois mil mortos entre os 17 mil habitantes. Um filipino, padre Caetano Solomoni, abre em Udine a "Casa dos Órfãos", sob a proteção da Virgem e de São Caetano de Thiene, o santo da Providência. Ele acolhe meninas orfãs, pobres e abandonadas para dar-lhes comida e roupas, ensina a leitura, escrita e aritmética, bem como bordados e costura.

A primeira turma são em 19 meninas, em 1817 o grupo aumenta para 40 integrantes. Todas com menos de 12 anos de idade. As costureiras e bordadeiras Friulanas são as primeiras "professoras" voluntárias. São elas; Sandra Marpillero de Venzone e Margherita Gaspardis de Sevegliano. Em 1819 o seu pai Carlos foi convidado para ajudar como tesoureiro tornando-se o diretor em 1822. Depois do Padre Giovanni Battista Bearzi de Udine, em 1929, foi nomeado para vice-Diretor o Padre Luís.

Não era fácil levar em frente as atividades e todo o movimento da casa naquele momento, ou dar apoio às meninas. Já clérigo, São Luís tornou-se um mendigo nas ruas de Friuli, para ajudar seu irmão, e depois que a direção da casa passou para as suas mãos as receitas foram consolidadas. Claro, graças à Providência, em que São Luís sempre teve uma fé inabalável, mas também por sua iniciativa pois com o carrinho, andou em muitos lugares e estradas em Friuli recolhendo donativos e alimentos. Não raro, ouvindo insultos e até mesmo agressões. Ele conta a história de um homem que deu-lhe um tapa, considerando-o preguiçoso: "Isto para mim - foi a reação do santo - mas agora para as minhas meninas o que você me dá?". Espantado com a atitude de São Luís, aquele homem rude doou-lhe a comida e tornou-se um defensor do trabalho solidário de São Luís.

Havia centenas e centenas de meninas resgatadas pela casa, a estas devem ser adicionadas também as jovens que eram acolhidas na casa de prevenção que também lhes foi assegurado não só uma educação humana e religiosa, mas também uma formação e encaminhamento profissional, de modo que pudessem enfrentar a vida com dignidade. É   São Luís junto com seus colaboradores e as Irmãs da Providência que dão as aulas de astronomia, de geografia de história e, desenvolvem os encontros de catequese.

Santo voltado à Providência

A Providência é a companhia fiel de São Luís, a sua referência final e segura. Enquanto estava vivo o seu irmão Carlos amado e respeitado, Padre Luís trabalhava ás sombras para o bom andamento da casa, verdadeiro animador social e espiritual do grupo das mulheres que se reuniram em torno do trabalho como voluntárias.

Em 1854, morre seu irmão Carlos e Luís deve assumir a liderança da Casa e, definitivamente a responsabilidade pelas Irmãs da Providência. Foram anos duros aqueles sob a espora opressora napoleônica, confiscador de propriedades da igreja; amargos também aqueles anos sobre a Áustria com a prática do "Josephismo", que limitavam muito a ação da Igreja.

Hostil foram também aqueles anos do ressurgimento italiano depois de 1866, marcados pelo liberalismo e anticlericalismo. Não foi fácil governar a casa, como também prever as necessidades básicas como a alimentação. Era difícil salvaguardar a liberdade de educação e religião. A casa sobreviveu da caridade, mesmo quando foi proibido de ir buscar donativos as estradas e aldeias. Houve momentos em que as Irmãs da cozinha se desesperaram com a falta de matéria-prima, a farinha para a polenta. O Padre Luís as tranquilizou, foi à igreja para rezar a São Caetano e seus outros santos e, em seguida, enviou a irmã a farinha que não estava lá antes. Mas agora, miraculosamente, havia ... e para todos. Não um, mas a maioria dos episódios narrados pelas irmãs, dão a entender a relação privilegiada do santo com a Providência.

Fundador das Irmãs da Providência

As Irmãs da Providência foram as primeiras e indispensáveis ​​companheiras de viagem de São Luís desde o início, as voluntárias Friulanas chamadas para dar uma mão. Então, gradualmente, chegou-se à decisão de fundar uma comunidade religiosa já em 1845. Ainda vivo, o irmão assumiu a fusão com alguma outra "família", as irmãs do Padre Antonio Rosmini, cujo padre Carlos era amigo e de quem padre Luís admirava pelos escritos e obra ou outra congregação mas não foi em frente, sendo isso um sinal de providência. O padre Luís explicou ao seu irmão que eventualmente deu-lhe a si mesmo o mandato de fazer por conta própria e assim nasce a Congregação das Irmãs da Providência, sob a proteção de São Caetano de Thiene, o santo da Providência.

Na verdade o padre Luís devotíssimo de muitos santos, estará sob a proteção da Sagrada Família de Nazaré, da Virgem Santíssima, de São José e da Mãe terna e guia. O Filho de Deus presente na Eucaristia é o único ponto de referência.

As primeiras colaboradoras foram almas simples e generosas, totalmente voltadas a Deus e ao próximo. Assim ele quer as "suas" irmãs, dóceis instrumentos da Providência, na plena valorização da vossa feminilidade. O padre Luís não quer ser um pai patrão mas, um pai-mestre das irmãs, o mais humilde “servo”. E assim ele quer ser também para os pobres e os doentes. Servo a tal ponto de fazer o último noviciado para o céu pouco antes de adoecer e morrer, sob a direção de uma irmã.

Ele queria que as irmãs fossem corajosas andando pelas estradas de Udine, em 1848 quando enfurecia o bombardeio austríaco para ajudar os feridos, não importava o lugar. Medo de morrer? Claro, mas pelo amor de Jesus, se supera o medo. E então, após a bênção, o Padre dizia; “se não nos vermos mais, nos veremos no Paraiso se Deus quiser."

Nas ruas de Friuli, em 1855 quando a cólera se alastrou, os pobres morriam como moscas, as irmãs vão procurar os doentes nas casas para cuidar deles, sem medo de contrair a doença. Além de espiritualmente fortes, o padre Luís queria que elas fossem bem preparadas profissionalmente. Antecipando o bombardeio austríaco e a necessidade de ajudar os feridos, o padre Luís se preocupava em chamar o Dr. Diácono Zambelli, para preparar as irmãs transmitindo-lhes os conceitos básicos de enfermagem. A mesma preocupação foi também para com qualquer outra atividade caritativa. Abriu uma Escola do Magistério para a preparação das irmãs na arte de ensinar, enviou-as para aprender outros cuidados hospitalares, para aprender a língua do surdo mudo e treinar outras, para a assistência ao doente mental. Cada nova iniciativa era estudada em detalhes, para garantia de que não foi improvisado.

O século XIX no Friuli

O Padre Luís viveu em tempos difíceis. O século XIX, em Friuli foi um momento de grande turbulência social e política, e agitação sociocultural. Com a chegada de Napoleão, vieram os ventos da revolução um espírito do Iluminismo, uma atitude governamental e fortes acentos anticlerical irreligiosos. Mesmo sob o Império Austro-Húngaro não foi fácil preservar a liberdade de religião, o Josephismo alegou arregimentar e controlar. O analfabetismo era generalizado, especialmente para as mulheres do campo.

Padre Luís foi um precursor do progresso das mulheres, dedicando todas as suas energias para as meninas, para as jovens e, em seguida para as irmãs. Outra seção da relevância de sua personalidade era a preocupação constante em preservar a liberdade e a independência de suas obras, especialmente a liberdade de educação e a autonomia do projeto educacional para a sua casa, contra as tentativas do Governo austríaco como também do italiano. Melhor nenhum reconhecimento do que ser sujeitos a salvaguardar estrangeiros. Melhor não receber subsídios substanciais do governo, do que renunciar à sua liberdade na educação.

Para as irmãs ele não deixou de afirmar a dignidade e defender o trabalho, pedindo às diversas instituições para reconhecer o seu valor. E quando os vários regimes que desdobrados colocaram a mordaça à Igreja, ele não temia a lado do bispo e do Papa. Ele não era um santo isolado mas tomava parte em todos os assuntos da igreja local. Moral e financeiramente, apoiou as várias iniciativas por ter passado pelas mesmas dificuldades em suas obras de caridade. Ele tinha uma mente aberta e voltada para o futuro, tanto que foi um entre os mais fortes apoiadores da imprensa católica. Ele participou pessoalmente dando a sua assinatura a vários projetos de lei, para apoiar a emergência de um jornal católico em Udine, um entre outros cinco, a prática maçônica liberal e anticlerical.

Ele viveu em contato com católicos renomados do seu tempo, seja no âmbito social como cultural. Além da comunhão com a sua Igreja, ele viveu concretamente um espírito missionário aberto, o que lhe permitiu a solicitação e envio prontamente de suas irmãs em lugares cada vez mais distantes, por primeiro em outros locais de Friuli em seguida, em Trentino no Tirol e Istria. O importante foi colocar-se a serviço dos pobres que para ele era a encarnação viva de Jesus Cristo.
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