Emoções que se vivem...

Chega o dia... em que você prepara as malas e parte.
Parte imediatamente. A viagem se inicia quando fechas a porta atrás de ti, quando dás o primeiro passo rumo ao desconhecido. Então, dentro de 3 horas, você se encontra em meio a estradas desconhecidas, paisagens nunca vistas, mas acima de tudo em meio a um “mar de irmãs”.
Não foi uma viagem como as outras. Se durante as outras viagens fui para conhecer outros mundos, fazer novas experiências, nessa viagem parti para reencontrar a mim mesma.
Roma sempre foi um sonho, pensava só de visitar cidade pela primeira vez, nunca pensei ter que viver por três dias com as irmãs.Ir para o convento aos 18 anos... há pouco a que se pensar: o teu caminho é aquele.Mas, felizmente, não encontrei irmãs ‘antigas’ que vivem somente a rezar. Encontrei irmãs modernas, originais e jovens. Entre as místicas e esperadas catacumbas, São Pedro e o Coliseu, os três dias se passaram entre risadas, cantos e danças, em nossos quartos, saltos e gritos.
O dia que passamos na Casa Família (abrigo para menores) foi muito profundo e significativo. Muitas vezes, se dá por descontado o valor da família, quando na realidade, não é verdade. Pensamos de poder fazer tudo sozinhos, mas na verdade, sem pontos de referência, somos apenas uma mistura de emoções. Essas crianças, aparentemente felizes, procuravam em nós pontos de referência. É difícil explicar em palavras a experiência, pois as emoções se vivem, não se dizem. Como diz um desenho animado “Ohana” significa família, e família significa que ninguém é esquecido ou abandonado. A família é uma espécie de rocha, como os nutrientes que uma planta absorve através das raízes.
Depois da visita à Casa Família (abrigo para menores), me perguntei como pode não se querer um filho que esteve no seu ventre por nove meses, como não amá-lo?
As pessoas são estranhas. Dizem que se amam, mas quando chega um sinal de seu amor eles recusam, como se eles não fossem culpados. Dizem que têm consciência e depois se comportam como se nada tivesse acontecido. Muitas vezes me encontro pensando em como tenho sorte por ter uma família com F maiúsculo. Ela é um valor para mim.
Eu gosto de ter alguém com quem eu sempre possa contar, mesmo que muitas vezes não falo a todos sobre minha vida. A família nos dá um nome e raízes, uma identidade, mas acima de tudo a família nos deu a Vida, e continua a enriquecê-la ainda hoje.
A família é onde o respeito e o amor são os alicerces, são aquelas pessoas com as quais, embora às vezes você discuta, você não poderia ficar sem elas. MARIA

Uma mochila nos ombros e tanto desejo de conhecer e me enriquecer. Estes são os elementos com os quais eu decidi empreender essa viagem. Eu não sabia o que me esperava, nenhuma de nós o sabia, na realidade, mas estávamos todas certas de que devíamos nos encontrar. E naqueles poucos dias experimentamos o verdadeiro significado de Providência. Em todos os sentidos!!
As Irmãs da Providência, que nos acolheram, nos ensinaram a importância desta palavra...
Eu tiha errado todas as vezes que, no decorrer da minha vida, eu pronunciei a palavra “sorte” ... não se trata de sorte ... se chama confiança na Providência! Sim, porque faz coisas maravilhosas, graças à Providência, a Casa Família (abrigo para menores) da Rua Moncenisio ganhou vida!
Aprendi muito de Moncenisio ... Nunca esquecerei o sorriso daquelas crianças e a força que a cada dia os voluntários empregam... e nunca esquecerei S.; uma criança que soube tocar meu coração com um simples olhar.
Não esquecerei nunca esta experiência, não estava lá por simples turismo ... alguma coisa me fez abrir os olhos ... Não sei dizer o que foi: A confiança incondicional das Irmãs da Providência? Os testemunhos dos voluntários? Ou o sorriso das crianças?
Seja o que for, me fez mais consciente de que a vida não é um dom para nós mesmos, mas um dom para doar aos outros! Porque nós, guiados pela Providência, podemos ser um dom para os outros. FRANCESCA
A viagem a Roma foi uma mistura de experiências e emoções.
O que mais gostei, e que também levo para casa, foi a acolhida, a igualdade aos olhos de Deus e a importância da família.
As Irmãs da Providência nos acolheram de forma especial, fazendo-nos sentir em casa, desde o primeiro momento, brincando, rindo e alegrando, como se fossemos um presente. Essas irmãs vieram de todas as partes do mundo, de etnias e cores diferentes, mas todas com o mesmo propósito, um propósito de amor, o amor que encontraram em Jesus e que eu também gostaria de encontrar. Todos os minutos de sua vida podem confiar-se a Ele, ao seu amor e à sua milagrosa Providência.
Da mesma forma, me senti, visitando a Casa Família (abrigo para menores), onde encontrei outras irmãs, que literalmente salvam a vida de todas as crianças que moram lá, indistintamente da sua religião ou do seu estado de saúde; as acolhem e lhes dão uma casa, afeiçoando-se a elas, e querendo o bem delas, as deixam ir, para dar-lhes a família que nunca tiveram. Roma é uma cidade linda, com uma história e uma arte que me agradaram muito; me fez abrir os olhos. EMMA

A viagem a Roma é uma das que recordarei para sempre. Foi a primeira vez que vi Roma, uma cidade belíssima e frenética, com uma história milenar e obras de arte estupendas, igrejas, praças, arcos, basílicas ...
Visitar as catacumbas me fez entender que a fé que temos hoje, é a mesma dos cristãos dos séculos passados, uma fé que foi transmitida até chegar a nós.
A experiência de visita ar Casa Familia de Moncenisio, também foi muito concreta e emocionante. A história desta casa, todas as experiências e o empenho das irmãs e dos voluntários me impressionaram. Estar alí e brincar com as crianças, no entanto, me fez perceber o quanto precisam de ajuda.
Também as irmãs que nos hospedaram foram muito acolhedoras e eu gostei do fato de que cada uma delas tem uma tarefa e sabe exatamente o que fazer.
Foram dias cansativos, mas divertidos, interessantes e significativos. MADALENA


Modificado em sábado, 28 abril 2018 18:08
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